Exercícios sobre Iracema (com gabarito)

Exercício 1: (FUVEST 2009)

Em um poema escrito em louvor de Iracema, Manuel Bandeira afirma que, ao compor esse livro, Alencar:

“[…] escreveu o que é mais poema Que romance, e poema menos Que um mito, melhor que Vênus.”

Segundo Bandeira, em Iracema:


Exercício 2: (UFSC 2011)

A partir da leitura do romance Iracema, e considerando o contexto do Romantismo brasileiro, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


Gabarito

Questão 1: B
A alternativa que melhor interpreta as palavras de Manuel Bandeira sobre o romance Iracema, de José de Alencar, é a letra B: “o caráter poemático dado ao texto predomina sobre a narrativa em prosa, sendo, por sua vez, superado pela constituição de um mito literário”.
A letra A está incorreta, pois o autor não dispensa as referências a coordenadas e personagens históricas, pelo contrário, o romance é dotado de itens históricos que fazem do mesmo uma lenda do nascimento do povo cearense e da união entre o português e o índio.
A letra C está incorreta por fazer uma relação entre a mitologia tupi e a mitologia clássica, relacionando-as com prosa e poesia. Esta relação é inexistente no romance.
A letra D está incorreta pois Manuel Bandeira não afirma que o autor fundiu romance e poema e nem que involuntariamente produziu esta lenda, pelo contrário, elogia sua capacidade de, em um romance, deixar transbordar a poesia, e de construir tal lenda, comparando-a à mitologia clássica.
A letra E está incorreta, pois a hierarquia que Manuel Bandeira estabelece coloca como termo superior a mitologia clássica, e como construção inferior o romance.

Questão 2: 4, 32
Nesta questão, há duas proposições corretas quanto ao romance Iracema, pertencente ao Romantismo brasileiro. São elas, a proposição 4: “A adjetivação abundante (‘ardente chama’; ‘intenso fogo’; ‘tépido ninho’; ‘vivos rubores’) é uma importante característica da prosa romântica, que será mais tarde evitada por escritores realistas” e a proposição 32: “Além de indianista, Iracema é também um romance histórico; serve assim duplamente ao projeto nacionalista da literatura romântica brasileira”.
Sendo assim, deduz-se que as demais proposições estão incorretas. Vejamos as justificativas:
A proposição 1 está incorreta pois Martim não seduziu Iracema, ao contrário, apesar de resistir muito aos seus “encantos”, acabou se deixando levar pelo amor impetuoso que sentiu pela índia, e ao vê-la em seus braços, a desposou. A ação dele, portanto, não foi vil, e não se perdeu a característica do herói romântico.
A proposição 2 está incorreta pois os elementos humanos e naturais são mesclados o tempo todo, já que Iracema faz parte daquela natureza, sendo indígena; e nas descrições o autor faz diversas comparações entre as características de Iracema e os seres da natureza. Estas comparações não ferem o princípio romântico de valorizar uma natureza pura, pelo contrário, fazem com que Iracema seja descrita como parte desta natureza pura, embora sendo humana.
A proposição 8 está incorreta pois após Iracema entregar-se a Martim, este vai embora, fazendo com que ela vá embora à sua procura. Deixa, pois, de ser guardiã do segredo da Jurema. Somente após ir embora de sua tribo Iracema descobre a gravidez.
A proposição 16 está incorreta pois o romance mostra a miscigenação do povo brasileiro somente através da junção do branco com o índio. O romance não apresenta a miscigenação com o negro.

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